quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA (2ºA)

HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA

INTRODUÇÃO
A língua inglesa é fruto de uma história complexa e enraizada num passado muito distante.
Há indícios de presença humana nas ilhas britânicas já antes da última era do gelo, quando as mesmas ainda não haviam se Stonehengeseparado do continente europeu e antes dos oceanos formarem o Canal da Mancha. Esse recente fenômeno geológico que separou as ilhas britânicas do continente, ocorrido há cerca de 7.000 anos, também isolou os povos que lá viviam dos conturbados movimentos e do obscurantismo que caracterizaram os primórdios da Idade Média na Europa.
Sítios arqueológicos evidenciam que as terras úmidas que os romanos vieram a denominar de Britannia já abrigavam uma próspera cultura há 8.000 anos, embora pouco se saiba a respeito.
OS CELTAS
Guerreiros celtasCelt womenA história da Inglaterra inicia com os celtas.
Por volta de 1000 a.C., depois de muitas migrações, vários dialetos das línguas indo-européias tornam-se grupos de línguas distintos, sendo um desses grupos o celta. Os celtas se originaram presumivelmente de populações que já habitavam a Europa na Idade do Bronze. Durante cerca de 8 séculos, de 700 a.C. a 100 A.D., o povo celta habitou as regiões hoje conhecidas como Espanha, França, Alemanha e Inglaterra. O celta chegou a ser o principal grupo de línguas na Europa, antes de acabarem os povos celtas quase que totalmente assimilados pelo Império Romano.
Roman timber watch tower Roman soldier A PRESENÇA ROMANA
Em 55 e 54 a.C. ocorrem as primeiras invasões romanas de reconhecimento, sob o comando pessoal de Júlio César. Em 44 A.D., à época do Imperador Claudius, ocorre a terceira invasão, quando então a principal ilha britânica é anexada ao Império Romano até os limites com a Caledônia (atual Escócia) e o latim começa a exercer influência na cultura celta-bretã. Três séculos e meio de presença das legiões romanas e seus mercadores, trouxeram profunda influência na estrutura econômica, política e social das tribos celtas que habitavam a Grã Bretanha. Palavras latinas naturalmente passaram a ser usadas para muitos dos novos conceitos.
OS ANGLO-SAXÕES
Invasões germânicasDevido às dificuldades em Roma enfrentadas pelo Império, as legiões romanas, em 410 A.D., se retiram da Britannia, deixando seus habitantes celtas à mercê de tribos inimigas do norte (Scots e Picts). Uma vez que Roma já não dispunha de forças militares para defendê-los, os celtas, em 449 A.D., recorrem às tribos germânicas (Jutes, Angles, Saxons e Frisians) para obter ajuda. Estes, entretanto, de forma oportunista, acabam tornando-se invasores, estabelecendo-se nas áreas mais férteis do sudeste da Grã-Bretanha, destruindo vilas e massacrando a população local. Os celtas-bretões sobreviventes refugiam-se no oeste. Prova da violência e do descaso dos invasores pela cultura local é o fato de que quase não ficaram traços da língua celta no inglês.
Elmo anglo-saxãoSão os dialetos germânicos falados pelos anglos e pelos saxões que vão dar origem ao inglês. A palavra England, por exemplo, originou-se de Angle-land (terra dos anglos). A partir daí, a história da língua inglesa é dividida em três períodos: Old English, Middle English e Modern English. A segunda metade do século V, quando ocorreram as invasões germânicas, marca o início do período denominado Old English.
INTRODUÇÃO DO CRISTIANISMO
Em 432 A.D. St. Patrick inicia sua missão de levar o cristianismo à população celta da Irlanda. Em 597 A.D., ao tempo do Papa Gregório, a Igreja manda missionários para converter os anglo-saxões ao cristianismo. O processo de cristianização ocorre gradual e pacificamente, marcando o início da influência do latim sobre a língua germânica dos anglos-saxões, origem do inglês moderno. Esta influência ocorre de duas formas: introdução de vocabulário novo referente a religião e adaptação do vocabulário anglo-saxão para cobrir novas áreas de significado. A necessidade de reprodução de textos bíblicos representa também o início da literatura inglesa.
A introdução do cristianismo representou também a rejeição de elementos da cultura celta e associação dos mesmos a bruxaria. A observação ainda hoje de Halloween na noite de 31 de outubro é exemplo remanescente de cultura celta na visão do cristianismo.
Àquele período, a Inglaterra encontra-se dividida em sete reinos anglo-saxões e o Old English, então falado, na verdade não era uma única língua, mas sim uma variedade de diferentes dialetos.
Os dialetos do inglês antigo de antes do cristianismo eram línguas funcionais para descrever fatos concretos e atender necessidades de comunicação diária. O vocabulário de origem greco-latina introduzido pela cristianização expandiu a linguagem anglo-saxônica na direção de conceitos abstratos.
Viking boatAo final do século 8, iniciam os ataques dos Vikings contra a Inglaterra. Originários da Escandinávia, esses povos usavam de violência e seus ataques causaram destruição em muitas regiões da Europa. Os vikings que se estabeleceram na Inglaterra eram predominantemente provenientes da região hoje pertencente à Dinamarca e falavam Old Norse, ancestral do dinamarquês. Esses mais de 200 anos de presença de escandinavos na Inglaterra naturalmente exerceram influência sobre o Old English. Entretanto, devido à semelhança entre as duas línguas, torna-se difícil determinar esta influência com precisão.
OLD ENGLISH (500 - 1100 A.D.)
Old English, às vezes também também denominado Anglo-Saxon, comparado ao inglês moderno, é uma língua quase irreconhecível, tanto na pronúncia, quanto no vocabulário e na gramática. Para um falante nativo de inglês hoje, das 54 palavras do Pai Nosso em Old English, menos de 15% são reconhecíveis na escrita, e provavelmente nada seria reconhecido ao ser pronunciado. A correlação entre pronúncia e ortografia, entretanto, era muito mais próxima do que no inglês moderno. No plano gramatical, as diferenças também são substanciais. Em Old English, os substantivos declinam e têm gênero (masculino, feminino e neutro), e os verbos são conjugados.
A CONQUISTA DA INGLATERRA PELOS NORMANDOS NA BATALHA DE HASTINGS
MapaA Batalha de Hastings em 1066, foi um evento histórico de grande importância na história da Inglaterra. Representou não só uma drástica reorganização política, mas também alterou os rumos da língua inglesa, marcando o início de uma nova era.
A batalha foi travada entre o exército normando, comandado por William, Duque da Normandia (norte da França), e o exército anglo-saxão liderado por King Harold, em 14 de outubro de 1066.
O predecessor de Harold havia tido fortes vínculos com a corte da Normandia e supostamente prometido o trono da Inglaterra para o Duque da Normandia. Após sua morte, entretanto, o conselho do reino apontou Harold como sucessor, levando William a apelar para a guerra como forma de impor seus pretensos direitos.
Veja como um artista do século 11 representou, em tapeçaria, a travessia do Canal da Mancha pelas tropas de William:
Tapeçaria de Bayeaux
A sangrenta batalha só terminou ao fim do dia, com o Rei Harold e seus irmãos mortos e um saldo de 1500 a 2000 guerreiros mortos do lado normando e outros tantos ou mais, do lado inglês.
Henry IWilliam IIWilliam, o ConquistadorWilliam havia conquistado em poucos dias uma vitória que romanos, saxões e dinamarqueses haviam lutado longa e duramente para alcançar. Ele havia conquistado um país de um milhão e meio de habitantes e provavelmente o mais rico da Europa, na época. Por esse feito ficou conhecido na história como William the Conqueror.
O regime que se instaurou a partir da conquista foi caracterizado pela centralização, pela força e, naturalmente, pela língua dos conquistadores: o dialeto francês denominado Norman French. O próprio William l não falava inglês e, por ocasião de sua morte em 1087, não havia uma única região da Inglaterra que não fosse controlada por um normando. Seus sucessores, William II (1087-1100) e Henry I (1100-1135), passaram cerca de metade de seus reinados na França e provavelmente possuíam pouco conhecimento de inglês.
Durante os 300 anos que se seguiram, principalmente nos 150 anos iniciais, a língua de prestígio, usada pela aristocracia na Inglaterra, foi o francês. Falar francês tornou-se então condição para aqueles de origem anglo-saxônica em busca de ascensão social através da simpatia e dos favores da classe dominante.
MIDDLE ENGLISH (1100 - 1500)
O elemento mais importante do período que corresponde ao Middle English foi, sem dúvida, a forte presença e influência da língua francesa no inglês. Essa verdadeira transfusão de cultura franco-normanda na nação anglo-saxônica, que durou três séculos, resultou principalmente num aporte considerável de vocabulário. Isto demonstra que, por mais forte que possa ser a influência de uma língua sobre outra, esta influência normalmente não vai além de um enriquecimento de vocabulário, dificilmente afetando a pronúncia ou a estrutura gramatical.
O passar dos séculos e as disputas que acabaram ocorrendo entre os normandos das ilhas britânicas e os do continente, provocam o surgimento de um sentimento nacionalista e, pelo final do século 15, já se torna evidente que o inglês havia prevalecido. Até mesmo como linguagem escrita, o inglês já havia substituído o francês e o latim como língua oficial para documentos. Também começava a surgir uma literatura nacional.
Muito vocabulário novo foi incorporado com a introdução de novos conceitos administrativos, políticos e sociais, para os quais não havia equivalentes em inglês. Em alguns casos, entretanto, já existiam palavras de origem germânica, as quais, ou acabaram desaparecendo, ou passaram a coexistir com os equivalentes de origem francesa, em princípio como sinônimos, mas, com o tempo, adquirindo conotações diferentes. Exemplos:
Anglo-Saxão
Francês
    Anglo-Saxão Francês     Anglo-Saxão Francês    
Anglo-Saxão
Francês
answer
ask
begin
bill
chicken
child
clothe
come
doom
respond
question
commence
beak
poultry
infant
dress
arrive
judgement
end
fair
feed
folk
freedom
ghost
happiness
help
finish
beautiful
nourish
people
liberty
phantom
felicity
aid
hide
house
hunt
kin
kingly
leave
look
mistake
ox
conceal
mansion
chase
relations
royal
depart
search
error
beef
pig
sheep
shut
sight
wedding
wish
work
yearly
pork
mutton
close
vision
marriage
desire
labor
annual
Pequenas diferenças dialetais resultantes desta simbiose entre diferentes grupos sociais e suas respectivas línguas podem ser observadas ainda atualmente. Nos meios intelectuais das classes mais privilegiadas dos países de língua inglesa existe até hoje uma tendência a um uso maior de palavras de origem latina. De acordo com o norte-americano Pat Brown, frequentador do fórum de discussões deste site,
The split between the French-speaking Normans and peasant English-speaking Saxons still exists today in a curious fashion. The Normans, as the conquerors and rulers, became the upper-class of England and their speech metamorphosed into today's well-educated English - composed primarily of Latin-based vocabulary. The common everyday speech of most modern English speakers however is still directly based on the Anglo-Saxon.
Além da influência do francês sobre seu vocabulário, o Middle English se caracterizou também pela gradual perda de declinações, pela neutralização e perda de vogais atônicas em final de palavra e pelo início do Great Vowel Shift.
THE GREAT VOWEL SHIFT
Uma acentuada mudança na pronúncia das vogais do inglês ocorreu principalmente durante os séculos 15 e 16. Praticamente todos os sons vogais, inclusive ditongos, sofreram alterações e algumas consoantes deixaram de ser pronunciadas. De uma forma geral, as mudanças das vogais corresponderam a um movimento na direção dos extremos do espectro de vogais, como representado no gráfico abaixo.
Great Vowel Shift
PRONÚNCIA
ANTES DO SÉCULO 15
PRONÚNCIA
MODERNA
    fine /fi:ne/
    hus /hu:s/
    ded /de:d/, semelhante a dedo em português
    fame /fa:me/, semelhante à atual pronúncia de father
    so /só:/, semelhante à atual pronúncia de saw
    to /to:/, semelhante à atual pronúncia de toe
  /fayn/
house /haws/ 
deed /diyd/
  /feym/
  /sow/
  /tuw/
O sistema de sons vogais da língua inglesa antes do século 15 era bastante semelhante ao das demais línguas da Europa ocidental, inclusive do português de hoje. Portanto, a atual falta de correlação entre ortografia e pronúncia do inglês moderno, que se observa principalmente nas vogais, é, em grande parte, consequência desta mudança ocorrida no século 15.
MODERN ENGLISH (a apartir de 1500)
Enquanto que o Middle English se caracterizou por uma acentuada diversidade de dialetos, o Modern English representou um período de padronização e unificação da língua. O advento da imprensa em 1475 e a criação de um sistema postal em 1516 possibilitaram a disseminação do dialeto de Londres - já então o centro político, social e econômico da Inglaterra. A disponibilidade de materiais impressos também deu impulso à educação, trazendo o alfabetismo ao alcance da classe média.
A reprodução e disseminação de uma ortografia finalmente padronizada, entretanto, coincidiu com o período em que ocorria ainda a Great Vowel Shift. As mudanças ocorridas na pronúncia a partir de então, não foram acompanhadas de reformas ortográficas, o que revela um caráter conservador da cultura inglesa. Temos aí a origem da atual falta de correlação entre pronúncia e ortografia no inglês moderno. D’Eugenio assim explica o que ocorreu:Samuel Johnson
O processo de padronização da língua inglesa iniciou em princípios do século 16 com o advento da litografia, e acabou fixando-se nas presentes formas ao longo do século 18, com a publicação dos dicionários de Samuel Johnson (figura ao lado) em 1755, Thomas Sheridan em 1780 e John Walker em 1791. Desde então, a ortografia do inglês mudou em apenas pequenos detalhes, enquanto que a sua pronúncia sofreu grandes transformações. O resultado disto é que hoje em dia temos um sistema ortográfico baseado na língua como ela era falada no século 18, sendo usado para representar a pronúncia da língua no século 20. (319, minha tradução)
Da mesma forma que os primeiros dicionários serviram para padronizar a ortografia, os primeiros trabalhos descrevendo a estrutura gramatical do inglês influenciaram o uso da língua, incorporando conceitos gramaticais das línguas latinas e trazendo uma uniformidade gramatical. Durante os séculos 16 e 17 ocorreu o surgimento e a incorporação definitiva do verbo auxiliar do para frases interrogativas e negativas. A partir do século 18 passou a ser considerado incorreto o uso de dupla negação numa mesma frase como, por exemplo: She didn't go neither.
SHAKESPEAREShakespeare
William Shakespeare (1564-1616), representou uma forte influência no desenvolvimento de uma linguagem literária. Sua imensa obra é caracterizada pelo uso criativo do vocabulário então existente, bem como pela criação de palavras novas. Substantivos transformados em verbos e verbos em adjetivos, bem como a livre adição de prefixos e sufixos e o uso de linguagem figurada são frequentes nos trabalhos de Shakespeare.
Ao mesmo tempo em que a literatura se desenvolvia, o colonialismo britânico do século 19, levava a língua inglesa a áreas remotas do mundo, proporcionando contato com culturas diferentes e trazendo novo enriquecimento ao vocabulário do inglês.
Desde o início da era cristã até o século 19, seis idiomas chegaram a ser falados na Inglaterra: Celta, Latim, Old English, Norman French, Middle English e Modern English. Essa diversidade de influências explica o fato de ser o inglês uma língua menos sistemática e menos regular, quando comparado às línguas latinas e mesmo ao alemão. Poderia nos levar a concluir também que o inglês de hoje pode ser comparado a uma colcha feita de retalhos de tecidos de origem das mais diversas.
AMERICAN ENGLISH
A esperança de alcançar prosperidade e os anseios por liberdade de religião foram os fatores que determinaram a colonização da América do Norte. A chegada dos primeiros imigrantes ingleses em 1620, marca o início da presença da língua inglesa no Novo Mundo.
The first sermon at PlymouthÀ época da independência dos Estados Unidos, em 1776, quando a população do país chegava perto de 4 milhões, o dialeto norte-americano já mostrava características distintas em relação aos dialetos das ilhas britânicas. O contato com a realidade de um novo ambiente, com as culturas indígenas nativas e com o espanhol das regiões adjacentes ao sul, colonizadas pela Espanha, provocou um desenvolvimento de vocabulário diverso do inglês britânico.
Hoje, entretanto, as diferenças entre os dialetos britânicos e norte-americanos estão basicamente na pronúncia, além de pequenas diferenças no vocabulário. Ao contrário do que aconteceu entre Brasil e Portugal, Estados Unidos da América e Inglaterra mantiveram fortes laços culturais, comerciais e políticos. Enquanto que o português ao longo de 4 séculos se desenvolveu em dois dialetos substancialmente diferentes em Portugal e no Brasil, as diferenças entre os dialetos britânico e norte-americano são menos significativas.
O INGLÊS COMO LÍNGUA DO MUNDO
Fatos históricos recentes explicam o atual papel do inglês como língua do mundo.
Em primeiro lugar, temos o grande poderio econômico da Inglaterra nos séculos 18, 19 e 20, alavancado pela Revolução Industrial, e a consequente expansão do colonialismo britânico. Esse verdadeiro império de influência política e econômica atingiu seu ápice na primeira metade do século 20, com uma expansão territorial que alcançava 20% das terras do planeta. O British Empire chegou a ficar conhecido como "the empire where the sun never sets" devido à sua vasta abrangência geográfica, provocando uma igualmente vasta disseminação da língua inglesa.
Em segundo lugar, o poderio político-militar do EUA a partir da segunda guerra mundial e a marcante influência econômica e cultural resultante, acabaram por deslocar o francês como língua predominante nos meios diplomáticos e solidificar o inglês na posição de padrão das comunicacões internacionais. Simultaneamente, ocorre um rápido desenvolvimento do transporte aéreo e das tecnologias de telecomunicação. Surgem os conceitos de information superhighway e global village para caracterizar um mundo no qual uma linguagem comum de comunicação é imprescindível.

RESUMO CRONOLÓGICO
  • 10.000 - 6.000 a.C. - Sítios arqueológicos evidenciam a presença do homem nas terras que encontravam-se ainda unidas ao continente europeu e que os romanos posteriormente viriam a denominar de Britannia.
  • 1.200 - 600 a.C. - Celtas se estabelecem na Europa e ilhas britânicas, marcando a partir daí sua presença na Europa por cerca de 8 séculos, antes de sua quase completa assimilação pelo Império Romano.
  • 55 e 54 a.C. - Primeiras incursões romanas de reconhecimento, sob o comando de Júlio César.
  • 44 A.D. - Legiões romanas, à época do Imperador Claudius, invadem e anexam a principal ilha britânica.
  • 50 A.D. - Os romanos fundam Londinium às margens do Tâmisa.
  • 410 A.D. - Legiões romanas se retiram das ilhas britânicas para defender Roma de ataques dos bárbaros.
  • 432 A.D. - St. Patrick inicia sua missão de cristianizar a Irlanda.
  • 450 - 550 A.D. - Tribos germânicas (anglos e saxões) se estabelecem na Britannia após a saída das legiões romanas. Início do período Old English.
  • 500 - 1100 - Período que corresponde ao Old English.
  • 465 A.D. - Suposta data de nascimento do lendário Rei Artur.
  • 597 A.D. - Chegada de missionários católicos para converter os anglo-saxões ao cristianismo. Inicia o primeiro período de influência do latim na língua anglo-saxônica.
  • 600 A.D. - A Inglaterra encontra-se dividida em 7 reinos anglo-saxões.
  • 787 - 1000 A.D. - Ataques escandinavos (Vikings).
  • 871 A.D. - Coroação do King Alfred, rei dos saxões do oeste, reconhecido como rei da Inglaterra após ter expulsado os Vikings.
  • 1066 - Batalha de Hastings, em que os franceses normandos, liderados por William, derrotam Harold, conquistando a Inglaterra e dando início a um período de 350 anos de forte influência do francês sobre o inglês.
  • 1066-1087 - Reinado de William I (William the Conqueror), primeiro rei normando.
  • 1087-1100 - Reinado de William II, filho de William I e segundo rei normando.
  • 1100-1135 - Reinado de Henry I, também filho de William I, o terceiro rei normando e o primeiro a ter uma esposa britânica (Mathilda of Scotland). É provável que Henry I tivesse algum domínio sobre o inglês, e foi em seu reinado que as diferenças entre as sociedades anglo-saxônica e normanda começaram a lentamente diminuir.
  • 1100 - 1500 - Período que corresponde ao Middle English.
  • 1204 - King John, Rei da Inglaterra, entra em conflito com o Rei Philip da França, marcando o início de um novo período de valorização do sentimento nacionalista inglês.
  • 1300 - Robert of Gloucester faz referência à língua inglesa como sendo ainda uma língua falada na Inglaterra apenas por "low people".
  • 1362 - Inglês é usado, pela primeira vez, na abertura do Parlamento Inglês.
  • 1400 - 1600 - Período em que ocorrem com mais intensidade as mudança de vogais (Great Vowel Shift).
  • 1475 - Advento da imprensa, dando início a uma padronização da ortografia e levando à disseminação da forma ortográfica do dialeto de Londres.
  • 1500 até hoje - Período correspondente ao Modern English.
  • 1516 - Henrique VIII cria o primeiro sistema postal da Inglaterra.
  • 1558 - Início do reinado de Elizabeth I (filha de Henrique VIII) e da era elisabetana, período caracterizado por um substancial aumento do vocabulário do inglês e pelas monumentais obras literárias de Spenser, Shakespeare e Jonson.
  • 1564 - Nascimento de William Shakespeare.
  • 1603 - Morte de Elizabeth I e fim do período elisabetano.
  • 1611 - A Igreja da Inglaterra publica a King James Bible, que exerceu grande influência na linguagem de então.
  • 1616 - Falecimento de William Shakespeare.
  • 1620 - Os Pilgrims chegam à America do Norte e estabelecem a Colônia de Plymouth.
  • 1755 - Samuel Johnson publica A Dictionary of the English Language, trazendo estabilidade à língua inglesa.
  • 1762 - Bishop Robert Lowth publica Short Introduction to English Grammar, a primeira gramática influente da língua inglesa.
  • 1776 - Declaração da independência dos Estados Unidos.
  • 1700 - 1900 - Revolução Industrial, a qual alavancou o poderio econômico da Inglaterra, permitindo a expansão do colonialismo britânico e consequentemente da língua inglesa no século 19.
  • 1806 - Ano de publicação do primeiro dicionário de Noah Webster: A Compendious Dictionary of the English Language.
  • 1890 - 1920 - Apogeu do Império Britânico.
  • 1928 - Ano de publicação da primeira edição do Oxford English Dictionary (OED), em 12 volumes e contendo cerca de 415 mil entradas.
  • 1945 - Fim da segunda guerra mundial, marca o início de um período de influência político-militar dos EUA e uma consequente influência econômica e cultural decisiva para o papel do inglês como língua internacional nos dias de hoje.
  • 1989 - Ano de publicação da segunda edição do Oxford English Dictionary (OED), em 20 volumes e em CD-ROM, contendo mais de 500 mil entradas.
  • 1985 - 1995 - Surgimento da Internet.

THE NEW YORK TIMES (1ºB)

LEIAM O JORNAL E PUBLIQUEM UM COMENTÁRIO.

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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

THE NEW YORK TIMES (9º D)

Leiam o jornal e publiquem um comentário.
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THE NEW YORK TIMES (1º A)

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THE NEW YORK TIMES (3º ano)

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THE NEW YORK TIMES (7º A)

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THE NEW YORK TIMES (6º A /6º B)

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THE NEW YORK TIMES (9º A)

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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Diferença entre texto escrito em 3ª e 1ª pessoa.


Texto escrito em terceira pessoa
É um texto que você escreve como uma testemunha.
Exemplo:
Ele é jovem e vive com a sua mãe em uma terra distante, é pobre e trabalha muito para ter o que comer [...]
 Texto escrito em primeira pessoa é assim:
Exemplo:
Eu sou jovem e vivo com a minha mãe em uma terra distante, sou pobre e trabalho muito para ter o que comer [...].

OBS: Um texto escrito na 3ª pessoa é quando o narrador presencia, relata, critica,  sem se envolver na história.

Dicas de alunas nota mil no ENEM 2011


Dicas de alunas nota mil no Enem 2011



As estudantes cariocas Isabela Carvalho, de 18 anos, e Manuela Batista, de 21, conquistaram no ano passado nota máxima na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).




Vitória Torres, 17 anos – De que forma vocês abordaram o tema da redação?
Isabela: Quando fiz a prova, foram apresentados três textos para orientação da redação. Eu lembro que havia um quadrinho falando sobre vigilância. Como eu tinha lido recentemente o livro “1984”, do George Orwell, eu pensei em relacioná-lo com o tema. Eu leio vários livros por ano e procuro citá-los nas redações, logo na introdução. Isso me ajudou a direcionar o texto. Ler sempre ajuda muito.
Manuela: A prova do Enem tem sempre a frase tema. Você precisa problematizar em cima dessa frase. Você entendendo o que ela te pede, então, você problematiza, cria os argumentos para defender seu ponto de vista e procura embasá-los.

Marina Blanco, 18 anos – Como organizar as ideias, antes de começar a redação?
Isabela: Eu faço rascunho sempre. Você deve ver o tema que é proposto e, então, separa as ideias para os três parágrafos de desenvolvimento seguintes. Quando fiz a prova, eu separei no rascunho tudo o que tinha para falar sobre o assunto. Depois, selecionei as melhores ideias e fui desenvolvendo.

Manuela: Quando você lê o tema, você tem que estudá-lo e pensar em todas as ideias que vem à sua cabeça sobre aquele assunto. Procure os problemas e pense no que a banca espera de desenvolvimento para eles. Eu anoto todas as ideias, vejo quais estão associadas, faço um esqueleto do texto: o que posso dizer na introdução, desenvolvimento e no final?  Depois, passo para o papel.


Adriane Christine, 18 anos – Como dividir o tempo para resolver as questões da prova e ainda fazer a redação?

Isabela: Na prova, comece por aquilo que você tem mais segurança. Para a redação, eu separo uma hora para fazer o rascunho e passar para o papel. Eu treinei bastante para conseguir fazer em uma hora rascunho e redação.

Manuela: Eu comecei a prova pela redação. Antes de fazer a prova, você precisa estar focado. Eu li muito o ano todo, fiz simulados. Assim, terminei a prova com folga de meia-hora. Priorize o que for mais fácil para você. Eu, por exemplo, depois da redação fiz português, matemática e as outras questões.

Lívia Wanderley, 18 anos – Como controlar o nervosismo na hora da redação?
Isabela: É difícil dizer porque eu não fico nervosa. Eu sei que já estudei. Passei o ano toda focada para aquela prova, então estava tranquila. Ler realmente ajuda. Você também precisa treinar o tempo que você vai levar para fazer aquela redação. É importante você focar seu estudo para cada prova, pois cada uma tem seu estilo de redação.
Manuela: O ano todo eu me preparei para o Enem. Mas, 15 minutos antes da prova, eu tive uma crise de choro e fiquei muito nervosa. Depois, confiante no que tinha estudado parei de chorar e fui fazer a prova. Depois de fazer a redação e a prova de português, comi um chocolate, fui ao banheiro, respirei fundo e continuei a prova. O importante é você confiar naquilo tudo que você já estudou.


Matheus Lamas, 19 anos – Vocês consideram justa a forma de correção das redações do Enem?
Isabela: Os critérios são válidos. Se você seguir o estilo de redação cobrado, você se dá bem.
Manuela: Eu acho justo. A redação do Enem é uma receita de bolo: introdução, argumentos e proposta de intervenção. Você deve atentar também para a questão do texto humanitário que eles cobram muito. Treine muito, estude a prova e siga a receita. Não tem mistério!


 fonte:jornal extra.



quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Dissertação 3º ano


DISSERTAÇÃO: Dissertar é discutir assuntos, debater idéias, tecer opiniões, delimitando umtema dentro de uma questão ampla e defendendo um ponto de vista, por meio de argumentos
convincentes. 
É um tipo de texto lógico-expositivo - colocamo-nos criticamente perante alguma dimensão da realidade e, mais do que isso, fundamentamos nossas idéias; explicitamos os motivos pelos quais pensamos o que pensamos.
EX: " Já se tornou um aborrecido lugar-comum afirmar que o Brasil possui dimensões continentais. Os ufanistas que tanto repisaram essa fórmula para receitar esperança no futuro do país talvez não tenham previsto que a quantidade e a variedade de problemas desse "gigante" infelizmente também teriam grandezas igualmente continentais. (Folha de São Paulo,14.04.96)

PRODUÇÃO DE TEXTO DISSERTATIVO
Ao produzir um texto é preciso que se pense sobre: Tema, objetivo, argumentos e dados.

a) TEMA: é o assunto da minha redação (Sei alguma coisa sobre ele? Já li ou vi algo a respeito? Já conversei sobre esse assunto?)
b) OBJETIVO: é a meta da minha redação ( onde quero chegar com o meu texto? Quero concordar? Discordar? Denunciar? Questionar? Comparar? Opor? Enumerar? Interessante é observar que a união entre dois ou mais objetivos se encaminha para uma meta maior: denunciar e questionar; concordar e enumerar; discordar e opor...)
c) ARGUMENTOS: é o conjunto de idéias que justificam o objetivo do meu texto ( Com base em que eu me posiciono de um modo ou de outro na redação?)
d) DADOS: é a exemplificação dos meus argumentos ( Os dados ilustram e sustentam mais ainda o objetivo da redação.)

O início da redação
DECLARAÇÃO INICIAL
"O hábito de correr, benéfico para o coração, os pulmões e a manutenção da forma física, também origina sérios problemas, principalmente ortopédicos."
INTERROGAÇÃO
"De que maneira uma nação pode conciliar seu desenvolvimento com uma pesada dívida externa?"
OMISSÃO DE DADOS
"De uns tempos para cá, tem surgido um elemento novo no cenário nacional.Extremamente movediço, ele sempre aparece onde não se espera. Se o espreitamos, ele se esconde em hibernação cautelosa."
COMPARAÇÃO
"O uso de drogas é como um vôo solitário e cego. É como visitar um mundo novo em cada viagem e sempre ter como pouco a depressão, porto escuro e frio."
(Teoria acima apresentada foi adaptada da apostila "Curso de produção de texto"Prof. José Antônio Oliveira de Resende -
FUNREI)

TIPOS DE CONCLUSÃO
Conclusão proposta: aponta soluções para o problema tratado, ou seja, procura saídas, medias que possam ser tomadas. Em suma, é uma conclusão que aponta para o futuro.
"Como se nota pela dimensão do problema, algumas medidas fazem-se urgentes: é necessário investir em projetos de recuperação dos rios, tal como se fez na Inglaterra com o rio Tamisa; por outro lado, devem-se desenvolver projetos que visem aoreaproveitamento dos esgotos. Ao lado, disso, devem-se fazer maciças campanhas educativas para a população. Finalmente, há necessidade de uma ampla fiscalização por parte das autoridades responsáveis."

Conclusão resumo: a forma mais comum de concluir o texto. Resumem-se os aspectos abordados no desenvolvimento e apresenta-se (ou reforça-se) a tese.
"Dessa maneira, observamos que o problema da poluição nos rios envolve uma série de
variáveis que incluem a população, as indústrias e o Estado".

Conclusão surpresa: Possibilita uma maior liberdade de criação por parte quem escreve.
Citações, pequenas histórias, um fato curioso, uma piada, um final poético, são conclusões inesperadas que surpreendem o leitor.
"Talvez um dia casos como o do garoto C.A.C.M., não ocorram mais. Cabe a todos nós lutar por isso."

Macete para escrever uma redação

TEMA: Shopping center: o espaço social dos jovens de hoje.
ASSUNTO · Shopping center
DELIMITAÇÃO -Objetivo(para quê?) · O espaço social dos jovens de hoje
INTRODUÇÃO · Citar o assunto e a delimitação
DESENVOLVIMENTO 1 · Desenvolver o tema: shopping center
DESENVOLVIMENTO 2 · Desenvolver a delimitação: espaço social dos jovens de hoje
CONCLUSÃO · Idéia reservada do banco

MODELO
Primeiro passo INTRODUÇÃO
Um dos fenômenos constatados dos anos 90 é o do "shopping center". Esse local de consumo, com segurança e com ambiente climatizado, exerce um outro papel para o qual não foi diretamente criado: centro de encontros de jovens.

Segundo passo BANCO DE IDÉIAS

ASSUNTO
1. O "shopping center" virou moda nos grandes centros urbanos;
2. os atrativos desse centro de compras são segurança, conforto e variedade de lojas no mesmo lugar;
3. o "shopping" incrementou o hábito de consumo da classe média;
4. associado às compras, esses locais transformaram-se em verdadeiros centros de lazer.

DELIMITAÇÃO
1. na falta de outros centros de convivência, o "shopping" tornou-se em espaço de jovem;
2. antigamente os jovens buscavam nos locais públicos (nas praças) um espaço de convivência;
3. entre outros motivos, a segurança tornou-se a principal razão da busca desse local pelos jovens;
4. o "shopping" expressa bem o jovem dos anos 90, colorido,luminoso, ágil, agitado, nervoso e
repleto de outros jovens.

Terceiro passo: REDIGIR O RASCUNHO

DESENVOLVIMENTO 1
Os "shoppings" viraram moda nos grandes centros urbanos. As razões desse fenômeno mostram-se simples: segurança, conforto e grande variedade de lojas centralizadas. Um paraíso de consumo, esses locais acabam criando novos hábitos - comprar, além de
necessidade, é prazer. Associado a isso, os "shoppings" criaram parques de diversão para as crianças e um verdadeiro arsenal de comidas nas praças de alimentação.

DESENVOLVIMENTO 2
Na falta de outros espaços de convivência, esses locais foram adotados pelos jovens dos anos 90. Esse desejo de agregação é comum ao adolescente de qualquer geração, e isso pode
ser observado em outros tempos, em que eles se encontravam nas praças das cidades. Mas a violência urbana tomou conta dos grandes centros e mudou muitos hábitos do homem atual. O
jovem pode divertir-se, encontrar-se com os amigos e conversar nos "shoppings" sem ter preocupações com assaltos, e os pais ficam bem mais tranqüilos diante disso.

CONCLUSÃO
Assim, se o argumento da violência não bastas para explicar o sucesso desses centros de compras junto aos jovens, vale lembrar que esses locais possuem a expressão mesma dos adolescentes: agilidade, nervosismo e inquietação. Os mais saudosos talvez lembrem com nostalgia os tempos de jogo de bola no meio da rua - outros tempos sem dúvida.

Dicas de redação

# Não fique "enrolando", enrole seu(sua) namorado(a), tenha clareza e concisão. Objetividade é muito importante.
# Fuja do lugar-comum (clichês) como o diabo foge da cruz; evite: inflação galopante, entregar-se nas mãos das drogas, duas faces de uma mesma moeda, dar a volta por cima, abrir com chave de ouro, agradar a gregos e troianos, alto e bom som, apertar os cintos(...)
# O Ricardão está com sua namorada. Não atropele a língua, você pode brigar sem motivo. Olhe a ambigüidade, a namorada é dele ou sua?
# Se você quiser fazer vestibular para um grupo de pagodeiros use: A decisão da eleição não causou comoção na população. Agora, se seu objetivo é outro corra do ECO.
# Caro deputado, nunca gaste dinheiro com bobagens. Alguns políticos, realmente tem "emporcalhado" a situação brasileira, mas não faça o mesmo com seu texto. Cacófatos é prejudicial à escrita.
# Organize bem seu texto: centralize o título, solte uma linha entre ele e o início da redação, respeite as margens(tanto esquerda quanto direita), faça letra cursiva ou de forma (mas diferencie bem maiúsculas de minúsculas). Em caso de erro passe apenas um trasso traço sob a palavra.
# Os verbos DAR, FAZER, SER e TER, têm alta incidência em texto. Para evitar o uso repetitivo troque-os por outras palavras que expressem a mesma idéia: O governo não tem alternativas (possui).
# Não condene todos os bandidos à morte, nem diga que todos os políticos são ladrões, ou seja, não radicalize.
# Não "estique" sua redação usando adjetivos desnecessários : mansão luxuosa (toda mansão é luxuosa)
# Não caia na "doença do queísmo", evitando repeti-lo. Você pode fazer uso das orações reduzidas.
# Escreva o texto sem se preocupar com os erros; corrija-os apenas ao terminar toda a redação.
# Não esqueça o título. Para não esquecer, escreva na folha de rascunho, bem grande, NÃO ESQUECER O TÍTULO.

APRESENTAÇÃO DA REDAÇÃO
A estética
Sua redação não é a “baranga” da sua vizinha, por isso não precisa de penduricalhos, faça-a o mais simples possível.
1. Título: Centralize-o. Use o ponto final caso o título seja uma frase. Evite título com apenas uma palavra (ex. O adolescente, A crise...) Procure utilizar no título a mesma letra do corpo de sua redação. 

Pode-se grafar o título das seguintes maneiras:

Festa na Aldeia Global
O mundo Cão da TV Brasileira
ou
Festa na aldeia global
O mundo cão na tv brasileira (não precisa grifar)
2. Parágrafos: devem adentrar a linha dois centímetros e iniciarem-se sempre à mesma altura. O número de parágrafos varia de acordo com a extensão da redação. Procure fazer o mínimo de três parágrafos; o máximo dependerá do número de linhas pedidas. Não faça parágrafos muito extensos para evitar mistura de idéias. Apenas o primeiro parágrafo pode ser constituído de um
período.
3. Rasuras: redação bem apresentável não deve conter rasuras, para isso você receberá um rascunho. Não rabisque e principalmente não use corretivos. Caso erre no original passe apenas um traço sobre a palavra erada errada. Não assine seu texto, mesmo que ele se pareça com uma obra de arte.
4. Letra: poderá ser letra cursiva ou de forma, neste último caso, desde que fique bem claro a diferença entre iniciais maiúsculas e minúsculas. A legibilidade do texto é de extrema importância, o corretor não é um Sherlock Homes para tentar decifrar o enigma da caligrafia. Caderno de caligrafia não é só para
crianças, treine.
5. Correção: o texto estará correto se seguir as normas da Gramática. Se você
as acha “chatas”, cuidado, pois agora elas poderão jogar sua nota em redação no lixo. Não aprendemos Gramática apenas para satisfazer ao “mala” do professor de português. Aprendemos para aplicá-las em nossas atividades redacionais. Portanto, fique atento:
a. Concordância: verifique se o sujeito está concordando com o verbo, ou se adjetivos e substantivos concordam entre si. Cuido com os advérbios, pois eles não variam (Maria está meia triste ou meio triste? Use o segundo). Períodos longos quase sempre dificultam a concordância como também a ordem inversa de frases, por isso reduza-os e escreva de forma simples.
b. Regência: cuidado com os verbos de regência mais complicada,
principalmente aqueles que mudam de significado quando TD ou TI [Assisti ao filme (ver – VTI) – Assisti o doente (ajudar – VTD)]. Lembre também que o LHE(s) sempre será OI e O(s), A(s) sempre OD.
c. Colocação pronominal: Não é tão condenável, mas há casos exagerados do uso brasileiro que precisam ser evitados: iniciar frases com pronome oblíquo –Me disseram que você viria -. Frases em que aparecem antes do verbo palavras negativas, pronomes indefinidos e relativos, advérbios, conjunções, essas atraem o pronome oblíquo para antes do verbo. É condenável o uso de pronome oblíquo depois do verbo particípio – Vocês tinham desgastado-se muito – o correto é tinham se desgastado -.
d. Grafia: erro ortográfico não é aceitável. Não se faça de Carla Perez: “a palavra se escreve com i de ´iscola´”. Se tiver dúvida em alguma palavra troque por outra de mesmo sentido. fique atento á acentuação gráfica.
e. Cuidado com a ambigüidade: “Doutor a paciente está aqui com a sua mãe” (mãe de quem? Do médico ou da paciente).
f. Cuidado com pleonasmos: “check-up geral, mergulhar dentro d´água, entrar para dentro...” Esse uso quase sempre faz sua nota “descer para baixo”.
g. Cuidado com cacófatos: “nosso hino é lindo; entregue um por cada” (a turma do chiqueiro agradece, mas o corretor!), “Espero que o governo nunca gaste mais que arrecadar” (governo que gasta mais do que arrecada faz o que insinua o cacófato), “Fez por razões que desconheço” (Que grosseria! Para que esse palavrão?)
h. Evite clichês: “Atualmente, nos dias de hoje” (são quase sempre
dispensáveis); “estamos desnorteados, sem rumo”(sua redação! Sem comentários.); “entregar-se nas mãos de Deus” (aproveite e entregue sua redação a Ele);”duas faces de uma mesma moeda”(compro sua redação, mas com uma moeda de um centavo).
i. Clareza: seu texto deve ser compreensível: lembre-se que você não está ao lado do corretor para explicar o que você queria dizer. Utilize frases
curtas. Não seja esnobe empregando palavras “difíceis”, o uso de
vocabulário simples, porém culto, evita o risco do seu texto não ser
compreendido.
j. Concisão: é a qualidade de expressar um fato, uma opinião com o menor número possível de frases e palavras. Mas cuidado com o excesso de concisão, pois pode acarretar em obscuridade. No trecho abaixo as
palavras destacadas são dispensáveis:
“Há algumas ocasiões em que é melhor ficar calado do que falar besteira. Eu posso contar um caso recente que me aconteceu há pouco. Eu saí de casa rumo ao bar para beber alguma coisa. Percebam vocês que não tinha nada planejado, apenas queria beber um pouco e ficar a observar os habitantes da noite, os boêmios. Foi então que algo totalmente inesperado aconteceu...”

INICIANDO A REDAÇÃO
a) Dados retrospectivos: As primeiras manifestações de comunicação humana, nas eras mais primitivas, foram traduzidas por sons que expressavam dor, alegria, espanto, Mais tarde...
b) Citação: A partir das palavras de “...” podemos afirmar que “...”
c) Cena descritiva: Edifícios altíssimos e cinzentos cobrem a metrópole. Cinzas também são as nuvens que quase diariamente cobrem o céu e despejam uma torrente que logo traz caos à cidade. Uma insuportável sinfonia de buzinas inunda o ar. É mais um dia em São Paulo.
d) Pergunta: Será o futebol brasileiro realmente o melhor do mundo, se os melhores jogadores do país não disputam os campeonatos locais, pois partem para os clubes europeus assim que possível?
e) Dado geográfico: Em Criciúma, no Sul de Santa Catarina, oito mil homens vivem uma aventura todos os dias. A aventura do carvão. São os mineiros, homens que quase nunca vêem o sol.
f) Dados estatísticos: Numa típica cidade brasileira, que tenha, digamos... habitantes, cerca de.... não possuem escolaridade completa até o 2º grau, o que denota o desprestígio do ensino perante a classe dirigente.
g) Narrativa: Em Abril de 1964 foi deposto o presidente João Goulart e dado início à ditadura militar, que governou o país durante mais de vinte anos.
h) Idéias contratantes: Enquanto nos restaurantes caros pessoas elegantes gastam até duzentos reais numa refeição que segue cozinhas renomadas,
os marginais da sociedade morrem de fome nas ruas.
i) Uma frase nominal seguida de explicação: Uma tragédia. Essa é a
conclusão da própria Secretaria de Avaliação e Informação Educacional do Ministério da Educação e Cultura sobre o desempenho dos alunos do 3º ano do 2º grau submetidos ao Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), que ainda avaliou estudantes da 4ª série e da 8ª série do 1º grau em todas as regiões do território nacional.
Quanto ao desenvolvimento do tema: podemos usar citação, dados
estatísticos, justificativas, exemplos, comparações, causa e
conseqüência....
Quanto à conclusão: retoma-se a introdução e os argumentos e fecha o texto.
Sem apresentar dados novos. A conclusão pode conter uma idéia humorística,
surpeendente, taxativa, sugestiva.